“POR MARES OUTRORA ANTES NAVEGADOS”
Véspera de Feira Semanal da Alta – Tamegânia.
Uma 3ªfª. de um Junho mais parecido com um Janeiro friorento e chuvoso.
Na “Sissi”, uma duquesa queixava-se das frias pingas de chuva que apanhara à saída da missa das oito.
Para aquecer o corpo - a alma ficara quentinha e aconchegada com a homilia e a epiclese - tomou «um quarto de águas das pedras».
Ouve-se dizer que “Vidago” e “Carvalhelhos” foram enjeitadas.
Às cinco da tarde ainda era cedo para lanchar! – respondeu a duquesa, ao «SÓ?» da risonha aia da Sissi.
O Caval(h)eiro “Penitente” entrara na Cidade pela estreita porta de Stª. Cruz da Trindade.
O Estádio é uma fácil referência. E lá foi procurar o cruzamento desta Avenida com a da parelha dos Garcia Lopes.
Quando aí chegou, «topou» que tinha cavalgado pela Avenida dos Nossos Heróis.
É a mania dos lusitanos: fecham os olhos ao que está à vista e deixam-se seduzir pelo que está mais escondido!
Bem feito!
Arrumou o seu «rocinante”, entrou na terceira porta do lado direito de quem desce os Irmãos (antepenúltima do lado esquerdo de quem sobe) e «aprochegou-se» de (o «a» parece mal!) uma graciosa donzela a quem “procurou” pela Rua ou Avenida dos Heróis de Chaves.
A menina sorriu com um sorriso amarelo desbotado pelo cinzento escuro do céu a dar frio e a prometer chuviscos.
-Não lhe sei dizer! – respondeu .
-Como assim? Não é de Chaves? – estranhou delicadamente (como se a estranheza pudesse ser delicada!) o caval(h)eiro.
-Nascida e criada! Mas nunca ouvi falar nesse nome! – confirma a graciosa donzela.
-E esta não é a Avenida (dos) Irmãos Garcia Lopes? - pergunta o “Penitente”.
-É esta mesmo, sim senhor! – confirma com voz segura e o sorriso mais colorido pelo rosado das maçãzinhas do palminho de cara.
- Muito bem! Porque deram este nome à Rua (sabe-se que “É” Avenida)?
-Também não lhe sei dizer! –soltou, naquele «dó-mi-ré-fá-sol» que só os Raiano-Tameganos sabem trinar.
Voltámos à alameda.
Uma senhora com ar compenetrado olhava para o volante do seu carro.
Perguntada pelos Heróis, com secura, disse não saber.
Passava um rapagão “de vender e dar energia”.
O Caval(h)eiro pede-lhe ajuda para localizar “Os Heróis”.
Mas o rapagão só tinha massa muscular. Confessou não ter capacidade para esse exercício.
Dois Seniores, pertinho dos oitentas, seguiam, em passo firme pelo passeio, em empenhada conversa.
O Caval(h)eiro fez-lhes: Alto!
E de imediato lhe apontaram e descreveram «a tal» Avenida dos Heróis de Chaves.
- Até tem lá uma placa! – confirmaram convictamente.
- E esta sempre é a Avenida dos Irmãos Garcia Lopes? – perguntou o Caval(h)eiro.
-É esta mesmo! – responderam ambos (“os dois”) em uníssono.
- E sabem quem foram estes Irmãos?
-Isso agora é difícil. Andaram pr’áqui a pôr nomes ás ruas, mas não sabemos explicar – remataram.
-Muito Obrigado! – despediu-se o Caval(h)eiro.
Cumprida a «Penitência» - Avenida acima, até à segunda rotunda; avenida abaixo até ao Mercado, fez-se hora de se Trincarem uns Pastéis de Chaves, no «antigo sítio do costume».
Atravessou a cidade.
Nos «sports» espreguiçavam-se empertigadamente os «burgueses» do costume.
No Arrabalde continuavam-se as conversas longas, curtas de sentido e vazias de interesse, a não ser o de tentar enganar o tempo, e as coçadelas das costas (dos casacos!) nas esquinas dos «mochos», dos «mairos», dos «freires», ou … do quiosque.
O Jardim frente à Rua dos Dragões está bonito.
Embora distraídas e até ignorantes das suas fantásticas maravilhas, as pessoas da CIDADE, a ALTA-TAMEGÂNIA, enchem “os céus e os ares” de simpatia.
Reparem só naquele trinar melódico, harmonioso, cristalino como todos se saúdam!
Não há outro lugar igual com gente igual!
E, então, quando se põem a falar naquele «arroz de favas que ontem à noite fiz»!...
Ó «FLAVÍNIOS”, porra-catano, quando é que DAIS CONTA, de uma vez por todas, que sois da Terra Mais Bonita do Mundo e EXIGIS que lhe sejam concedidos todos os Estatutos, Atributos, Contributos e Tributos a que tem direito?!
Valha-v(n)os o Bispo Idácio, já que o Marto «fugiu p’rá Cova» e nem a bênção vos deu ainda!
Valha-v(n)os os Lopes e os neo-Mosqueteiros, de “ponteiras” “serradas”, com “delgados” e “bravos” «canhangulos» a dispararem elegantes e contundentes palavras!
Os Padrinhos assinaram o ponto, (mas mal). É da fartura!
Mas o Caval(h)eiro Penitente quer cumprir a «penitência» a preceito e conseguiu descobrir o poiso de algumas «importantes» testemunhas.
TRINCADELAS PROMETIDAS, Ó Padrinhos, neo-Mosqueteiros e Testemunhas, citadas e outras!!!
«Ó CHAVES,.. deixas sempre uma saudade»!
Tupamaro
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